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Bahia: Integrar Para Crescer

A palavra chave para o crescimento da economia no futuro é integração. No mundo moderno, não faz mais sentido estimular o crescimento através de compartimentos estanques porque tudo está conectado com tudo. Desse modo, além da necessidade de estar articulada com as políticas nacionais de desenvolvimento, a Bahia precisa montar um plano de governo que, sem deixar de lado as especificidades e necessidades de cada setor da economia, seja marcado pela integração desses setores, pelo estimulo à ampliação das relações intersetoriais e pela identificação de obras de infraestrutura prioritárias e que beneficiem diversos segmentos.

Nesse sentido, é da maior importância, como foi anunciado recentemente, a ação das Federações da Indústria, do Comércio e da Agricultura no sentido de apresentar aos candidatos à governador as propostas de cada setor, mas articuladas entre si, de modo a formar um todo que tenha impacto nos diversos segmentos da economia. A questão portuária é um exemplo de como a infraestrutura beneficia de modo articulado todos os setores da economia.

A modernização e ampliação dos portos da Bahia, por exemplo, uma reivindicação consensual em todos os setores, é o tipo de investimento em infraestrutura que beneficia a agricultura e a indústria, viabilizando maior competitividade no escoamento dos produtos, e beneficia também o comércio, o turismo, o setor de transportes e outros, pois amplia as cadeias de importação de produtos que serão comercializados, amplia o fluxo de turistas, pois um porto com terminal de passageiros de qualidade aumenta o número de navios no destino, e estimula o comércio e os serviços no seu entorno.

O mesmo raciocínio se pode fazer em relação a outros equipamentos de infraestrutura, a exemplo da Ferrovia Oeste-Leste, que, além de se constituir em instrumento fundamental para a indústria e a mineração, pode tornar-se um elo de ampliação das atividades de comércio e serviços em cidades próximas como Brumado, Caetité e outras. E aí cabe ao estado estimular o surgimento de polos no entorno da ferrovia. Em resumo: a Bahia precisa de um programa de governo inovador, algo que redefina a posição do nosso estado no marco econômico do país, e a integração setorial é um dos eixos desse programa.

Armando Avena
Economista, jornalista, escritor e editor do portal Bahia Econômica
Via jornal A TARDE de 25/05/2014



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