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O Terceiro Salto do Primeiro Destino

A Bahia de todos nós ,está em primeiro lugar na preferência dos brasileiros que viajam ou que pretendem viajar em 2008 e 2009. A pesquisa da Vox Populi com a chancela do Ministério do Turismo tem vários significados e confirma o que nós, baianos, sentimos e sabemos. Somos um povo alegre, hospitaleiro e, de maneira geral, gentil e delicado. Apesar das perdas, dentre elas a violência urbana, geradas por uma sociedade de massa marcada pela miséria, a baianidade persiste.

E isso também é revelado na pesquisa da Vox Populi. Depois da beleza natural e das praias que ocupam 50% dos aspectos positivos da viagem vem a avaliação positiva da cultura local e da população com 14,5%.

Não se pode atribuir exclusivamente a atuação do governo e a atual administração do turismo a responsabilidade total por este resultado. Mas não se pode também retirar-lhe o mérito por ter sabido "manter a tradição" e levar a Bahia a um primeiro lugar – na frente do Rio de Janeiro e São Paulo – que nunca havia alcançado antes em nenhum aspecto do turismo brasileiro.

Claro que o Rio e São Paulo continuam em nossa frente no fluxo quantitativo de turistas nacionais e estrangeiros. Entretanto pouco antes da divulgação da pesquisa da Vox Populi, São Paulo e Rio estavam na frente da Bahia também em avaliação sobre "melhor destino" pela conceituada Revista Viagem da Editora Abril. Mais ampla e profunda a pesquisa encomendada pelo Ministério do Turismo foi realizada em todos os estados e confirmou: a Bahia está em primeiro lugar na preferência dos brasileiros.

Creio que esta posição da Bahia deve-se também a um compromisso essencial assumido pelo Governador Jaques Wagner e levado a prática pela SETUR e pela Bahiatursa: o turismo na Bahia é uma política de Estado e não apenas de governo. Procuramos compreender e incorporar todas as conquistas realizadas ao longo do século XX pelo turismo na Bahia, corrigir problemas e preencher lacunas, empreendendo o que chamamos de Terceiro Salto da trajetória histórica do turismo baiano, já agora no século XXI.

Vale registrar que começamos a enfrentar este novo salto em meio a crises gerais e específicas em relação ao turismo, pois no começo de 2007 ainda vivíamos o resultado da quebra da Varig, estávamos no ápice da crise dos aeroportos e com uma situação cambial extremamente desfavorável ao turismo. Internamente demos cumprimento a decisão de reestruturar uma secretaria voltada exclusivamente ao turismo, separando administrativamente da Cultura. Colocamo-nos ao lado do "trade turístico baiano" e nos atiramos juntos em busca de soluções.

Novos produtos, novos serviços, novos investimentos públicos e privados, novo tratamento a segmentos como a náutica, o turismo rural e o esporte; nova forma de relacionamento com os atores do setor e novos investimentos em qualificação compõem o início deste Terceiro Salto.

Dezesseis novos vôos internacionais regulares por semana foram acrescentados nos últimos três anos ao fluxo aéreo para Salvador. Novos vôos "charters" internacionais também foram captados para Salvador e Porto Seguro. O Aeroporto de Lençóis que há cinco anos não recebia nenhum vôo regular já tem um vôo semanal e ate o final deste ano deverá ganhar outro. Os aeroportos regionais de Valença e Paulo Afonso são os próximos objetivos.

A estratégia do Terceiro Salto baseia-se num tripé de sustentabilidade: inovação, qualidade e integração econômica. Esses três eixos voltam-se para preencher lacunas estruturais do modelo de desenvolvimento do turismo em nosso Estado e também enfrentar os desafios da sazonalidade e da satisfação do cliente turista, fator essencial para o primeiro lugar que a pesquisa Vox Populi/ MTur assegurou à Bahia.

Assim é que o Espicha Verão visa impedir que o verão acabe junto com o carnaval. Já o São João da Bahia, como um novo produto turístico, volta-se para ampliar o fluxo turístico nacional naquele que é um dos piores meses do ano para a hotelaria de Salvador, de Ilhéus e Porto Seguro, nossos portões de entrada aérea. O GP Bahia do Stockcar, calendarizado por cinco anos, passou a ser uma poderosa arma contra a reduzida ocupação hoteleira de agosto. Já o enoturismo além de contribuir para reduzir a sazonalidade dá sentido a uma zona turística que só existia no papel: a região do Rio São Francisco.

São João, Enoturismo, estrada Itacaré- Camamu, qualificação de 1.200 jovens da área rural, novos vôos para o interior, apoio a eventos turísticos e culturais em praticamente todas as zonas, formatação de novos roteiros, são algumas das ações que cumprem o compromisso do Governo do Estado com a interiorização do Turismo.

Ainda no eixo da inovação, além de novos produtos, segmentos e roteiros, introduzimos novos serviços como o Disque Bahia Turismo o melhor Call Center turístico do Brasil, funcionando 24 horas em português, inglês e espanhol. Na verdade implantamos um Sistema Integrado de Informações Turísticas onde o nosso portal, totalmente reformulado e interligado a dezenas de outros sites e hotsites, alimenta de informações o Disque Bahia Turismo, os Serviços de Atendimento aos Turistas e os Portais de Informação da Bahiatursa.

Inovação de produtos e serviços e qualificação profissional e empresarial setor de qualificação é importante assinalar que multiplicamos por 10 os investimentos que se realizaram na administração anterior que nunca passou dos cerca de quinhentos mil reais aplicados pela Secretaria de Cultura e Turismo nesse setor. O governo atual, somente através da Setur, está investido cerca de 15 milhões de reais nos 3 últimos anos.

Se a qualificação faz uma interface com a inovação para um produto Bahia mais atraente, também se relaciona com o terceiro eixo do terceiro salto, a integração econômica. Os investimentos nessa área possibilitam assegurar mão-de-obra e empresas baianas atendendo ao mercado turístico já existente, como também aos novos hotéis, resorts, pousadas e equipamentos turísticos que estão por via: 5,4 bilhões de dólares de investimentos privados serão realizados até 2017.

O atual governo encontrou registrados na SUINVEST, 2,2 bilhões de dólares. Em 3 anos esses investimentos mais do que dobraram. Nem todos foram atraídos diretamente pela Secretaria de Turismo, mas quase todos tiveram na SUINVEST um importante apoio.

Mas a integração econômica do turismo não se dá apenas no plano social do trabalho e das empresas ligadas aos investimentos turísticos. Este objetivo estratégico visa, principalmente, preencher a mais grave loucura do modelo de desenvolvimento que herdamos: a quase completa desvinculação dos complexos hoteleiros e dos equipamentos turísticos da Bahia das economias regionais dos seus entornos.

O papel indutor do turismo desenvolvimento econômico das zonas turísticas limitava-se aos efeitos, digamos "naturais" dos investimentos em infra-estrutura implantados pelo Estado. A Bahia sequer conhece a quantidade, a origem e a circulação das mercadorias e dos bens de consumo de sua rede hoteleira. E se não consegue como planejar a atração de investimentos para atendê-la, ou mesmo a organização local para ampliar e dinamizar os arranjos produtivos locais.

O quarto ano de nossa gestão deverá ter a integração econômica como dos seus principais carros-chefe. Além de uma grande pesquisa que se inicia ainda em 2009, estamos nos articulando com outras secretarias e ministérios, no sentido de implantar imediatamente, em Porto Seguro, por exemplo, arranjos produtivos locais comecem a cobrir as necessidades já evidenciadas a olho nu.

E pelo menos um dos novos produtos turísticos já nasceu sob o signo da integração: o enoturismo que se desenvolve às margens do Rio São Francisco com a vinícola Miolo – Lovara no município de Casa Nova.Outro grande projeto nessa direção é a reurbanização turística da Feira de São Joaquim, por onde a SETUR já captou 30 milhoes de reais junto ao " Ministerio do Turismo".

O Plano Estratégico do Terminal Náutico, "pari-passu", a transformação do Recôncavo num distrito turístico cultural, além de resgatar a Baía de Todos os Santos para o turismo e a economia, desenvolver-se-ão numa perspectiva integradora de atividades turísticas, de serviços e de cultura. Finalmente é necessário também registrar as batalhas momentaneamente perdidas e os desafios a vencer.

Os projetos de transformação do Parque de Exposições de Salvador na Cidade da Música e a implantação de grande Parque Agropecuário Turístico em Feira de Santana, ainda estão em exame.



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